dat CERCIAG | OCA Vida Selvagem

Notícias

OCA Vida Selvagem
2024-06-01

O Projeto OCA tem um forte cariz social, envolvendo crianças e pessoas adultas, de diferentes contextos e em situação de exclusão social. Aproveitando o contexto histórico local, o projecto envolve também profissionais de cerâmica, artesãos e artesãs que trabalham o barro como matéria-prima, para construírem instrumentos únicos fazendo do som a matéria-mãe desta grande orquestra, onde as ocarinas são protagonistas.

A Escola de Palco e o Projeto Comunitário OCA encerraram o ano lectivo 2023/24 com um espectáculo que reuniu mais de 100 participantes em palco. No dia 1 de Junho, pelas 17h00, no CAA – Centro de Artes de Águeda, “OCA Vida Selvagem” foi fruto de um trabalho desenvolvido pela d’Orfeu AC com várias escolas e organizações do Concelho.

“Era uma vez um filme sobre uma mensagem que foi mal interpretada, originando vários mal-entendidos que, por sua vez, criaram uma série de boatos. Uma autêntica selva! Por falar em selva – o habitat natural das nossas personagens – será o seu rei o maior implicado no meio de uma história difícil de acreditar. No entanto, acreditamos que vai ficar tudo bem! Mas, se não ficar, temos penas! Porque, afinal, tudo não passa de uma grande confusão em torno de um instrumento mais velho que os dinossauros”.

Este foi o mote para “OCA Vida Selvagem” que, para além de contar com o talento dos/as jovens artistas da Escola de Palco, reuniu também participantes do Projeto Comunitário OCA, provenientes de várias organizações do Concelho, nomeadamente: CERCIAG, Bela Vista – Centro de Educação Integrada, LAAC, Os Pioneiros – IPSS, Santa Casa da Misericórdia de Águeda e Universidade Sénior de Águeda.

Foi assim que as Pessoas Apoiadas do CACI da CERCIAG foram envolvidas mais uma vez neste interessante projecto da d'Orfeu. Desde Novembro de 2023 um grupo de 16 Pessoas Apoiadas, com a excelente orientação do João Pratas e do Luís Carvalho, ensaiaram com afinco o reportório musical que culminou neste grandioso espectáculo.

Este trabalho transdisciplinar permitiu aos/às participantes desenvolver capacidades como a expressão corporal, capacidades físicas e motoras, percussão corporal (o corpo como um todo e como instrumento musical), o domínio sonoro de objectos não convencionais, consciencialização ecológica, a noção de espaço físico e acústico, a coordenação e sincronismo de movimentos (coreográficos), a perceção (saber ouvir/sentir), o respeito pelo desconhecido, as noções de cidadania, dinâmicas de grupo (O “eu” e o/a “outro/a” no colectivo de Orquestra), as capacidades criativas/inventivas, noções vocais e a expressão dramática.

Fotos de Mário Abreu em d'Orfeu Associação Cultural